O IFIX está prestes a começar a registrar resultado negativo do ano, após uma série de quedas no início de junho.
IFIX teve seu terceiro dia seguido de queda acentuada nesta quarta-feira (12), encerrando em seu pior resultado desde 11 de janeiro, em 3.320,42 pontos, uma queda de 0,44% em relação ao resultado anterior, em 3.334,98 pontos.
No ano, é o terceiro pior resultado do índice de FIIs desde o início de 2024, ficando acima apenas dos valores de 2 de janeiro, primeiro dia útil do ano, em 3.314,09 pontos, e de 11 de janeiro, em 3.318,09 pontos. Curiosamente, foi há exatos dois meses, em 12 de abril, que o IFIX atingiu sua máxima histórica, em 3.342,95 pontos. De lá para cá, a queda acumulada do índice é de 3,02%.
O IFIX abriu em alta, alcançando a máxima de 3.339,29 pontos nos primeiros minutos, mas logo retomou a tendência de queda dos últimos dias, caindo abaixo de 3.325 pontos pouco depois das 11h. A mínima do dia ocorreu às 16h43, em 3.318,34 pontos.
No acumulado do mês de junho, após oito pregões, o resultado negativo do IFIX chega a 1,83%. O resultado do ano permanece positivo, em 0,19%, mas se o ritmo de queda continuar, o índice pode cair abaixo dos 3.300 pontos pela primeira vez desde o ano passado.
O mercado de FIIs tenta se ajustar às novas tendências macroeconômicas, após a manutenção dos juros nos EUA pelo Fed entre 5,25% e 5,5% ao ano e na expectativa da reunião do Copom da semana que vem, que deverá manter a Selic em 10,5% ao ano após sete reduções consecutivas.
Analistas apontam que, mesmo que o mercado de FIIs seja mais atrativo em um cenário de juros mais baixos, algumas partes do setor ainda podem se beneficiar, especialmente o segmento dos fundos de papel, que negociam títulos de dívida com rentabilidade elevada devido à estagnação da Selic no patamar atual.
IFIX cai: veja altas e baixas do dia
Em mais um dia de forte queda do índice geral, alguns fundos ainda conseguiram registrar resultado positivo, como o FII HABT11, que subiu 0,79%, negociado a R$ 86,89 no fechamento do pregão. O KNHY11 teve alta de 0,68%, cotado a R$ 105,61, enquanto o HTMX11 avançou 0,58%, a R$ 182,10.
Na outra ponta, o VIUR11 registrou desvalorização de 3,05%, cotado a R$ 6,04 no encerramento das negociações. O RBRF11 teve queda de 2,22%, a R$ 7,23, enquanto o BRCR11 caiu 2,09%, negociado a R$ 52,85 por cota.
O MXRF11 liderou o volume de cotas negociadas entre os FIIs que fazem parte do IFIX, com mais de 1 milhão de papéis trocando de mãos, seguido pelo CPTS11, com 991 mil cotas sob nova propriedade, e o GARE11, com 507 mil cotas negociadas.
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