
A administradora do Fiagro AAZQ11, a AZ Quest, anunciou os resultados do fundo na última sexta-feira (24). O comunicado ressaltou que, no preço atual de mercado – cerca de R$ 8,80 o valor da cota – o potencial de retorno do Fiagro é de 19,37% ao ano.
Em relação aos resultados de abril, os dividendos do AAZQ11 foram de R$ 0,11 por cota, encerrando em R$ 9,21 no último dia útil do mês. Isso representa um dividend yield mensal de 1,20%.
O fundo teve um saldo em caixa maior em abril, em comparação com o mês anterior. O saldo foi de R$ 3,29 milhões, equivalente a 0,139/cota. Mesmo assim, a administradora decidiu distribuir R$ 0,11, a fim de fortalecer seu caixa e regularizar os rendimentos mensais.
Além disso, o fiagro gerido pela AZ Quest movimentou sua carteira, investindo R$ 9,8 milhões no CRA Siap, R$ 13,0 milhões em cotas sênior (R$ 11,3 milhões) e mezanino (R$ 1,7 milhões). Na venda, o fundo liquidou R$ 7,8 milhões em CRA Eloagrícola.
Problema com devedora de CRA do Fiagro AAZQ11
O fundo AAZQ11 é detentor de 6.000 CRAs da empresa Agro North, que entrou com pedido de recuperação judicial. No entanto, a empresa continua em dia com suas obrigações junto ao fundo.
A posição corresponde a R$ 6,05 milhões, representando 2,6% do PL do fiagro. A operação conta com alienação fiduciária de 1.738 hectares de área rural, com valor de mercado superior a 200% do saldo devedor dos CRA.
Nesse caso, os CRAs são considerados extraconcursais, ou seja, não sujeitos a um plano de credores a ser potencialmente aprovado no âmbito da recuperação judicial.
A administradora ainda destaca que a contribuição do ativo na distribuição de rendimentos do AAZQ11, nos últimos 3 meses, foi de aproximadamente R$ 0,0032/cota por mês.
Por fim, a AZ Quest enfatiza que atuará para compreender os efeitos da recuperação judicial, identificar os riscos e adotar as medidas judiciais e extrajudiciais necessárias para proteger os interesses dos cotistas.
A AAZQ11 é um Fiagro com patrimônio líquido de R$ 226 milhões, sendo que cerca de 64% desse valor está investido em Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs) e 34% em cotas de FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). O restante está em caixa.
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