O patrimônio do MXRF11 está em R$ 3,258 bilhões, com a maior parte alocada em CRIs. Os dividendos tiveram uma queda real de 20% em um ano.

O fundo de investimento imobiliário MXRF11 convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para que os cotistas aprovem a realização de sua 10ª emissão de cotas, com o objetivo de captar R$ 800 milhões. O valor pode chegar a até R$ 1 bilhão, caso haja interesse dos investidores na emissão de um montante adicional de cotas, 25% além do valor original.
O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira (20) por meio de documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em sua proposta, o BTG Pactual, administrador do FII MXRF11, solicita a aprovação da proposta “por entender que a oferta está alinhada com o melhor interesse do fundo e dos cotistas”.
O número de cotas e o preço unitário, assim como o eventual custo de subscrição, serão definidos após a aprovação, de acordo com o valor patrimonial do fundo. O prazo para a emissão do MXRF11, se aprovado pelos cotistas, será de até 12 meses.
A AGE ficará aberta para votação de forma virtual até 4 de junho, e o administrador não estabeleceu um quórum mínimo para a validação do resultado, declarando apenas que o resultado será definido pela maioria dos votos registrados durante a consulta.
MXRF11: dividendos estagnados e VPC em queda
O fundo de investimento imobiliário MXRF11 já é o ativo mais popular do mercado de FIIs, o único a registrar mais de 1 milhão de cotistas – exatamente 1.092.201 investidores, de acordo com o informe mensal atualizado na semana passada.
Os dividendos do MXRF11, no entanto, estão em queda: após pagar R$ 0,12 por cota entre abril e julho de 2023 e R$ 0,11 nos demais meses do segundo semestre do ano passado, o fundo distribuiu R$ 0,10 por cota nos quatro pagamentos anunciados este ano. Em valores reais, considerando o IPCA do período, a perda chega a quase 20%.
O patrimônio líquido do MXRF11 também está caindo ligeiramente: em 30 de abril era de R$ 3.258.147.151,21, equivalente a R$ 9,74 por cota – no final de março, o valor era de R$ 9,84. A tendência é que o VPC no final de maio seja usado como referência para a emissão, o que provavelmente tornará a oferta atraente diante do valor de mercado do FII, cenário apontado como ideal para uma nova oferta de cotas, de acordo com especialistas.
Ao longo do ano inteiro, o MXRF11 negociou quase sempre acima de R$ 10 a cota. O menor valor de fechamento foi de R$ 10,22, em 2 de maio, e o maior, de R$ 10,75, em 31 de janeiro.
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